A história do Sindicato

1988
Conquista do direito de se organizar em sindicatos

Em 5 de outubro, os servidores públicos conquistaram o direito de se organizar em sindicatos. Em novembro deste mesmo ano, os servidores públicos municipais de Campo Mourão, organizaram-se com o objetivo de fundar o Sindicato que seria sua porta voz de diversas lutas.

No dia 14 de dezembro, vinte e quatro servidores municipais, reuniram-se em assembleia e deliberaram a fundação do Sindicato Profissional dos Funcionários Públicos Municipais de Campo Mourão. Nesta mesma assembleia, apresentou-se uma única chapa, que após votação dos presentes, formou-se a primeira diretoria.

1989
Demissões: o município luta contra o sindicato

Mesmo tendo toda documentação em ordem, com a posse do novo prefeito de Campo Mourão, Agustinho Vecchi, em 1 de janeiro, todos os diretores da recém-criada entidade foram demitidos.

Para intensificar a perseguição ao Sindiscam, em dezembro,  a administração municipal apoiou a fundação de um sindicato paralelo, formado por um outro grupo de funcionários públicos. O objetivo desta manobra era enfraquecer o movimento iniciado em 1988. Não deu certo: A constituição de outra entidade era ilegal.

Esse embate percorreu durante toda a administração de Augustinho Vecchi.

1992
Nova eleição

Em 1992 encerrava a primeira gestão. Muitos temiam fazer parte da diretoria e até mesmo filiar-se. Mas, nova eleição foi realizada, com chapa única. O sindicato contava com 54 associados aptos a votar. comparecendo 38 eleitores.

Somente no final desse ano, por meio de mandato judicial, os diretores demitidos ganharam o direito de reintegração e ressarcimento dos proventos salariais. Mesmo com a vitória na justiça o prefeito não cumpriu a ordem judicial, pois estava em final de mandato.

1993
Reconhecimento e embates

Foi enfim cumprida a determinação da justiça e a reintegração dos servidores foi feita pelo novo Prefeito eleito Rubens Bueno. A partir deste momento, o sindicato aumenta sua credibilidade e é visto como entidade representativa de classe, passando a fazer parte das discussões e negociações com a administração municipal.

Em maio desse mesmo ano, houve o primeiro embate com a nova administração. Nas primeiras reuniões entre o sindicato e administração, não houve acordo. A categoria em assembleia, delibera por greve, reivindicando os direitos trabalhistas e a reposição salarial.

O movimento foi positivo, além de outras conquistas neste ano foi estabelecido o mês de março como data-base.

1996
"Em defesa do Serviço Público"

A força do sindicato ficou nítida em seu processo eleitoral. As eleições para diretoria, em novembro, foram disputadas com duas chapas.

Com 567 associados aptos a votar e comparecimento de 409 eleitores, a chapa “Em defesa do Serviço Público” foi eleita. Ela contou com 212 votos, contra 191 da chapa dois, tendo ainda dois votos nulos e quatro votos em branco. A eleição foi realizada dia 14 de outubro de 1996 na Câmara de Vereadores.

1997
Retrocessos e avanços

A gestão do prefeito Tauillo Tezelli, deixava de atender o Sindicato, principalmente nos encontros relativos a data-base. As negociações somente aconteciam depois de muita insistência e nunca em março, mês acordado para a negociaçao.

O sindicato travou uma outra luta no processo do Regime Jurídico Único, em dezembro de 1997. O vereador Sérgio Martinhago, apresentou emendas. mas a maioria delas não foram aprovadas. Os servidores perderam vários de seus direitos.

Apesar da ofensiva contra os direitos dos servidores, o número de filiados só aumentava. Adquiriu um veículo próprio, ampliou os convênios, realizou vários cursos e passou a compor a Coordenação do Fórum dos Servidores Públicos Municipais e Estaduais do Paraná.

Mesmo com dificuldades, muitas reivindicações foram conquistadas. O Sindicato junto ao Ministério Público, cobrou providências da administração por melhores condições de trabalho e saúde do servidor, pauta que começou a ganhar destaque no âmbito municipal.

2000
Novas eleições

Para o pleito eleitoral da entidade, são registradas novamente duas chapas: A Chapa um "Nosso compromisso é com o Servidor" e a chapa dois "União e Trabalho". Aptos para votar eram 732 associados, comparecendo 629. Assim, a Chapa "União e Trabalho" foi eleita, no dia 20 de outubro, com 418 votos, contra 192 da chapa um. Houve ainda 8 votos em branco e 11 nulos.

2001
Lutas do novo milênio

Nesse ano foi realizado o maior protesto - até então - dos servidores municipais. Com união, mostravam sua força e exigiam respeitos pelos seus direitos. O movimento surpreendeu a administração, motivando o encontro com o sindicato para negociação.

2004
Nova gestão e sede

No dia 22 de outubro, foi realizado pleito eleitoral para a quinta gestão da entidade, com registro de chapa única: "Servidores Unindo Forças". A chapa liderada por Zulméia Aparecida da Silva teve 743 votos, no processo eleitoral ainda tendo 26 votos em branco e 7 nulos.

A quinta gestão contava com 1.228 filiados. A organização e fortalecimento do Sindiscam foi concretizada em 2006, quando foi adquirida a sede própria da entidade, localizada na Rua Mato Grosso, 2712. Em 11 de novembro de 2006, foi inaugurada numa concorrida solenidade.

2007
Ano de discussões

Nesse ano, foi iniciada a campanha "A Previscam é nossa", exigindo a nomeação de um servidor para o cargo de superintendente da Previdência Municipal. O Tema da Previscam entrava em pauta, sua dívida começava a ser discutida nas assembleias.

Neste ano, entra em discussão também o plano de cargos e salários do Magistério, férias não renumeradas, transformação da carga horária de 20 horas para 40 horas, concurso de remoção, professor de apoio com vaga real e processo do RDT.

2008
Novas eleições

Em 2008, ocorreu novas eleições para a diretoria, sendo reconduzida a chapa liderada pela Zulméia Aparecida da Silva. A chapa "Unidos em Defesa dos Servidores Públicos" contou com 763 votos, houve ainda 97 votos em branco e 117 votos nulos.

2010
Paralizações e lutas

Em assembleia no dia 27 de março, a categoria decidiu pela paralisação, pela reivindicação de condições de trabalho e pelo reajuste salarial.

Era o momento de fortalecer a defesa do trabalho público, a valorização do servidor, o retorno das 35 horas de jornada de trabalho semanal, e aporte financeiro para Previscam, um programa Saúde do Servidor, redução da gratificação dos cargos comissionados não-efetivos e redução dos cargos em confiança por acertos políticos.

2012
Eleições e greves

Em outubro a servidora Silvane Bottega foi eleita para presidir o Sindiscam na gestão "Independência e Luta na defesa dos servidores estatutários e celetistas". A chapa única foi eleita com 789 votos, 103 em brancos e 53 nulos.

Em novembro, como não foi cumprido o pagamento da segunda parcela do reajuste aprovado na Data-Base de 2012, os servidores realizaram cinco dias de greve. Após extensa negociação, os servidores saíram vitoriosos com a recomposição salarial e o enquadramento em 4.5%.

2013
Previscam e data-base

Em Janeiro a servidora Zulméia Aparecida da Silva deixa a diretoria do Sindiscam e assume a Superintendência da Previscam. A pauta de um servidor de Carreira a frente da Autarquia era uma antiga reivindicação do Sindicato.

Na data-base em março, mais uma batalha foi enfrentada pelos servidores. O reajuste proposto de 3.5% não foi aceito e com muita luta a categoria conquista 4.67% e o reenquadramento de 480 servidores.

A Previscam volta a ser assunto das assembleias da entidade. Diversos encontros com uma metodologia de conferência buscava aproximar os servidores do sindicato. Encontro com trabalhadores das unidades de saúde, da educação, vigilantes e outros, discutiam a pauta e alertava dos problemas relativos a Previdência Municipal.

2014
Foco na saúde

Na data-base, a reposição Salarial de 9% era solicitado a todos os servidores (estatutários e celetistas), índice acima da inflação acumulada no último período. Com reuniões e Mobilização dos trabalhadores da Educação em março de 2014, conquistamos a contratação de mais de 130 servidores para educação.

Neste ano, o Sindicato intensifica sua Participação na Comissão de Segurança e Medicina do Trabalho (CSMT) e SIPAT. Participa das mobilizações na Defesa da Santa Casa de Campo Mourão 100% pública e em diversos debates sobre Saúde do Trabalhador, por meio da 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, realizado em Brasília, de 15 a 18 de dezembro de 2014.

O Sindiscam encaminha sugestões para o Plano de Carreiras, Remuneração e Valorização dos Servidores Públicos Celestistas do Município e realiza reivindicação para o pagamento do Piso dos Agentes de Endemias e Agentes Comunitários de Saúde ao Ministério Público do Trabalho.

2015
Paralização histórica

Com muita luta os Agentes de Endemias e Agentes Comunitários de Saúde, começam a receber o Piso da categoria.

Na data-base, as propostas apresentadas pela administração municipal não agradaram os servidores. Em assembleia, a categoria aprovou o greve por tempo indeterminado, realizando manifestações na frente do Paço Municipal e pelas ruas do centro da cidade. Em represália, a administração entra com ação judicial contra o Sindiscam. Mesmo sob ameaça de multa, a categoria se manteve firme. A paralisação é finalizada no oitavo dia, com continuação do estado de greve para acompanhamento das receitas do município.

Nessa paralisação histórica dos servidores públicos municipais, foi garantida a reposição salarial da inflação e a readequação da tabela salarial das referências de I ao IV, com avanço significativo para mais de 600 servidores (da ativa, aposentados e pensionistas) que tinham menores salários.

Além disso, foi conquistado inclusão de mais 200 servidores (maioria do magistério) no auxilio alimentação. A paralisação e mobilização dos servidores surpreendeu a Administração, garantindo os avanços.

Visando melhorar a estrutura da entidade foi aprovado a construção do Auditório do Sindiscam. A finalidade era abrigar os eventos promovidos pelo próprio Sindicato assim como consolidar a Escola de Formação Sindical.

2016
Novas eleições

Na data-base, o Sindiscam conquista aumento acima da inflação. E em 10 de setembro, é inaugurado o Auditório do Sindiscam em um evento com a participação de diversos associados.

Em 17 de setembro, aconteceu no auditório do Sindiscam o Encontro dos Servidores com os 4 candidatos a prefeito (e vice-prefeitos) de Campo Mourão. Na oportunidade os candidatos apresentaram seus compromissos com a valorização dos servidores públicos municipais.

No dia 21 de outubro, é realizado a eleição para nova diretoria, sendo eleita a chapa "Unidos pela valorização dos servidores garantindo e ampliando direitos", liderada pelo servidor Dione Clei Valério. Concluída a contagem geral de votos, foram computados o total de 1082 votos atribuídos a Chapa um, houve ainda 83 votos em branco e 15 votos nulos.

2017
Um ano de lutas

Medidas que visam retirar direitos voltam para a pauta nesse ano. Assim. o Sindiscam manifesta-se contra as Reformas da Previdência e a Trabalhista, em Defesa do Piso Nacional do Magistério e pela Hora Atividade de 33%.

Durante as negociações com a administração municipal, nesse ano é promovido um Ato Público em manifestação ao descontentamento da categoria ao Poder Executivo pela falta de proposta frente às reivindicações da Data-Base do ano de 2017.

Na educação, o Sindiscam reivindica mais funcionários e professores para a Educação Municipal, escala para gozo de licença prêmio, retomada de estudo para novo Plano de Carreira, fortalecimento da Educação Infantil, a valorização dos profissionais da educação, a qualidade social da educação e da gestão democrática.

Uma difícil data-base se desdobrou até junho. Foram poucas mesas de negociações e a Administração argumentava falta de recursos. Por diversas vezes os servidores paralisaram suas atividades em busca de seus direitos. Aconteceram cinco paralisações sobre a pauta de reivindicações. Algumas dessas ações foram realizadas em conjunto as grandes mobilizações nacionais em defesa da aposentadoria e contra a reforma da previdência social.

A conquista do 4,7 % de reposição da inflação saiu depois de intensa mobilização e resistência. A administração, desde o início da negociação em março, defendia zero de reposição salarial. Também como conquista aconteceu a antecipação de 30% do 13º Salário para o meio do ano.

2018
Novas conquistas

Nesse ano, o Sindicato conquistou a Assessoria Jurídica, que oferece atendimento gratuito a todos os filiados em todas as áreas do direito e também a Assessoria de Comunicação que mantém (até o presente momento) canais de relação com os filiados por meio das redes sociais, site institucional e aplicativo de mensagens.

O Sindicato também avançou para outras áreas. Como Cursos de Canto e Coral, que acontecem semanalmente no Auditório do Sindiscam. Assim também os encontros do grupo de Teatro do Sindiscam.  Os dois grupos são compostos por servidores, familiares e amigos.