O que é o Câncer de Mama?

O câncer de mama é causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.

O câncer de mama leva, em média, de sete a dez anos para que uma célula com gene modificado se torne um carcinoma com pelo menos 1cm de diâmetro. Nesse tempo, a paciente quase nunca sente algum sintoma ou vê algum sinal que indica que ela possa estar com câncer de mama.

Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente.
A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico.

O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. 

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para o câncer de mama em Unidades Hospitalares especializadas.

Quais os sintomas do Câncer de Mama?

Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.

Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.

Caroço (nódulo) endurecido, fixo e geralmente indolor.

Saída espontânea de líquido de um dos mamilos.

Alterações no bico do peito (mamilo).

Qualquer caroço na mama em mulheres com mais de 50 anos deve ser investigado!
Em mulheres mais jovens, qualquer caroço deve ser investigado se persistir por mais de um ciclo menstrual.

Se olhe frente aos espelhos, palpe e sinta suas mamas no dia a dia para reconhecer suas variações e identificar quando e se surgirem alterações suspeitas.
Em caso de alterações persistentes, procure o Posto de Saúde.

É recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos.

Quais os tipos de Câncer de Mama?

Carcinoma ductal in situ

Também chamado de câncer não invasivo, representa 20% dos casos de câncer de mama e raramente manifesta sintomas. Apesar de ser um tumor maligno, ele não faz metástase. Isso significa que as células cancerígenas não se espalham para os tecidos mamários próximos ao ducto, nem para outros órgãos. Pacientes que são diagnosticados ainda nesse estágio do câncer têm uma resposta muito positiva aos tratamentos, porém se não for tratado, poderá se tornar um câncer invasivo.

Angiossarcoma

O angiossarcoma é um tipo raro, que atinge as células dos vasos sanguíneos ou do sistema linfático. Esse câncer pode manifestar sintomas como alterações na pele dos seios e nódulos. Como se trata de um tumor que tem rápida disseminação para outras áreas do corpo, é recomendada a mastectomia (retirada total da mama). No entanto, nesse caso, os linfonodos axilares podem ser preservados na maioria dos casos.

Câncer de mama triplo negativo

Esse é um dos tipos de câncer de mama mais agressivos. No triplo negativo, as células dos tumores não produzem uma proteína específica, chamada HER2, nem têm receptores de hormônios sexuais femininos, como o estrogênio e a progesterona. Essas características dificultam o diagnóstico e o tratamento hormonal. Por ser invasivo, o câncer de mama triplo negativo é capaz de se espalhar por outras células e se dissemina rapidamente. Além disso, a sua chance de retorno após o tratamento é alta. As terapias mais recomendadas são a cirurgia, a quimioterapia e a imunoterapia.

Câncer de mama inflamatório

Esse é um carcinoma ductal invasivo com características atípicas. Embora seja raro entre os pacientes, os seus sintomas tornam a mama distendida, com vermelhidão e inchaço na região. Isso ocorre por conta da obstrução dos vasos linfáticos, causada pelas células cancerígenas. Por conta disso, o diagnóstico costuma ocorrer quando o câncer já está em um estágio avançado, tornando-o também um dos tipos mais agressivos e com grandes chances de reincidência. Os tratamentos para câncer de mama inflamatório disponíveis são a quimioterapia, a cirurgia, a radioterapia e a hormonioterapia.

Doença de Paget

Essa doença se associa com os carcinomas de tipo invasivo, sendo também um câncer de mama raro. Contudo, os locais atingidos pelas células cancerígenas são a aréola e o mamilo. Alguns dos seus sintomas são vermelhidão, coceira local, queimação, descamação e, em alguns casos, inversão do mamilo. Para tratar a Doença de Paget, são utilizados os mesmos métodos para o câncer de mama invasivo, como cirurgia — em alguns pacientes, é possível conservar a mama, embora o mamilo deva ser retirado — e radioterapia.

Câncer de mama invasivo

Existem dois tipos de câncer invasivos. - O carcinoma ductal invasivo ocorre quando o tumor se desenvolve dentro do ducto mamário e as suas paredes são rompidas, disseminando-se para o tecido adiposo dos seios. Quando atinge esse estágio, há também o risco de as células cancerígenas se espalharem para outras regiões do corpo, por meio do sistema linfático ou da circulação sanguínea. - O carcinoma lobular invasivo se desenvolve nos lóbulos mamários, glândulas responsáveis pela produção do leite. Apesar de ser mais raro que o ductal, ele também é capaz de se propagar para outras áreas do corpo, além de ser mais difícil de ser detectado nos exames de toque e na mamografia.

Tumor Filoide

Esse é outro tipo de câncer de mama raro que, diferentemente dos anteriores, desenvolve-se no estroma mamário, região adiposa dos seios. Em grande parte dos quadros, esse tumor é benigno, sendo necessária apenas a sua retirada. Já nas raras ocasiões em que é metastático, é sempre recomendada a mastectomia.

Quem está nos grupos de risco?

Comportamentais/ambientais

• Obesidade e sobrepeso após a menopausa.
• Sedentarismo (não fazer exercícios).
• Consumo de bebida alcoólica.
• Exposição frequente a radiações ionizantes (raios X, mamografia e tomografia).

Hereditários/genéticos

• História familiar de:
» Câncer de ovário.
» Câncer de mama em homens.
» Câncer de mama em mãe, irmã ou filha, principalmente antes dos 50 anos.

História reprodutiva/hormonais

• Primeira menstruação (menarca) antes dos 12 anos.
• Não ter tido filhos.
• Primeira gravidez após os 30 anos.
• Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos.
• Ter feito uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) por tempo prolongado.
• Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por mais de cinco anos.

A mulher que possui alterações genéticas herdadas na família, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2, tem risco elevado de câncer de mama.

Relembramos que a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que necessariamente, terá a doença.

Como fazer o autoteste de Câncer de Mama?

1. Observação no espelho

Com o auxilio de um espelho grande que permita a visualização do seu tronco, posicione-se de pé, colocando as mãos na cintura. Observe o tamanho, o formato, bem como o contorno das suas mamas. Analise se existe alguma alteração na pele dos seus seios, principalmente, no mamilo e na aréola. Cheque se o sutiã deixa marcas em apenas uma das mamas, pois isso pode indicar um eventual inchaço. Na sequência, solte os braços e os deixe ao lado do seu corpo, e visualize as mamas mais uma vez. Por fim, levante os braços e preste atenção se há uma alteração na região dos seios.

2. Palpação em pé no chuveiro

Com a coluna ereta, coloque a sua mão esquerda atrás da nuca, mantendo o seu cotovelo para cima. Leve a mão direita até a mama esquerda e a palpe, usando a ponta dos dedos. Faça movimentos em círculos e com firmeza. Inicie a apalpação na axila e vá movimentando a sua mão até o mamilo. Analise se a área apresenta pontos mais densos ou com caroços. Repita os movimentos circulares nas axilas para verificar se existe algum nódulo que possa ser percebido. Em seguida, pressione o mamilo e observe se sai algum líquido desconhecido. Troque os braços de posição e repita todos os processos para examinar a mama direta.

3. Apalpação deitada

O autoexame também pode ser feito enquanto você está deitada. Deite-se em sua cama e coloque um travesseiro, preferencialmente fino, embaixo do seu ombro esquerdo, depois coloque a mão esquerda atrás da cabeça. Utilize a mão direita para palpar a mama esquerda, sempre fazendo movimentos circulares com a ponta dos seus dedos, e observe se existe alguma alteração. Feito isso, posicione o travesseiro embaixo do seu ombro direito e refaça o processo para examinar a mama direita.

Lembramos que para realizar a detecção por meio do autoteste, você deve se conhecer.

Como a mama é irregular e composta principalmente por gordura e tecido glandular você pode detectar “pequenos nódulos” que podem ser perfeitamente normais. Para que não se preocupe a toa, recomendamos sempre passar por um médico para descobrir o que é ou não mormal em seu corpo.

Você tem direito a folga para exames

Através da Lei 1085/97 do regime jurídico dos servidores municipais o sindicato garante o direito a um dia de folga para a realização de exames aos servidores com mais de 40 anos.

“Art. 108 – A Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço por um dia útil para a realização de exames de prevenção do câncer ginecológico e da próstata, para servidores com idade superior a quarenta anos. (Redação acrescida pela Lei nº 2506/2009)”

Agende com o sindicato sua visita médica e previna-se!

Quais são os tipos de tratamentos?

Todo o processo de tratamento (também chamado de planejamento terapêutico) vai depender tanto da avaliação da condição do paciente quanto do estágio e do subtipo específico do tumor. Entre os procedimentos mais comuns para cada estágio da doença, podemos citar:

• Tumores localizados ou localmente avançados: a cirurgia da mama, a avaliação linfonodal e o tratamento sistêmico (quimioterapia e/ou hormonoterapia e/ou droga alvo), que são consideradas as três principais estratégias terapêuticas;

• Doença metastática: é utilizado um tratamento, principalmente sistêmico, sendo a cirurgia e radioterapia utilizada apenas em casos restritos.

Durante a gravidez — e especialmente no 1º trimestre, e por trazer mais riscos ao feto (tanto pelo tratamento cirúrgico quanto pelo tratamento sistêmico), o tratamento é mais desafiador, mas plenamente possível. Com cuidados especiais e adaptações, a paciente pode, sim, ser tratada de maneira segura e satisfatória.

Lembre-se: Prevenção é o ano todo, Cuide-se!